Ontem, os índices bolsistas fecharam em alta. O S&P 500 subiu 0,30%, enquanto o Nasdaq 100 ganhou 0,17%. O Dow Jones Industrial Average fortaleceu-se 0,86%.

Na quinta-feira, os ativos japoneses ficaram em destaque nos mercados asiáticos. Os índices do país avançaram com força depois que dados dos Estados Unidos aumentaram a probabilidade de um corte de juros pelo Federal Reserve na próxima semana, enquanto a venda de títulos públicos de 30 anos registrou a maior demanda desde 2019. Ao mesmo tempo, muitos investidores esperam que o Banco do Japão siga na direção oposta e eleve as taxas já na próxima reunião.

Diferentemente de vários outros mercados asiáticos, o Japão é particularmente sensível às expectativas de política monetária do Fed — em parte porque as decisões do banco central americano podem influenciar o Banco do Japão por meio do canal cambial. Um reforço na confiança de que o Fed reduzirá os juros, aliviando a pressão sobre o iene, pode dar ao Banco do Japão maior margem para adotar uma postura mais cautelosa.

Os índices Topix e Nikkei 225 subiram mais de 1,7% cada, enquanto o índice acionário mais amplo da Ásia, o MSCI Inc., avançou 0,5%. Os índices da Coreia do Sul e de Taiwan também estenderam o rali de dois dias. Os futuros das ações dos EUA permaneceram estáveis.

Dados divulgados na quarta-feira mostraram que empresas americanas cortaram vagas em novembro no ritmo mais rápido desde o início de 2023, aumentando as preocupações sobre um enfraquecimento mais acentuado do mercado de trabalho. Ainda assim, o alívio trazido pelo relatório de emprego da ADP e o aumento das expectativas de um corte de juros pelo Fed na próxima semana parecem estar ajudando a melhorar o sentimento nos mercados acionários.

Nos mercados de câmbio, o dólar permaneceu estável após cair 0,4% na sessão anterior, quando o recuo nos rendimentos dos Treasuries levou o retorno dos títulos de dois anos para cerca de 3,48%. A rúpia indiana caiu para uma mínima histórica frente ao dólar, já que o sentimento permaneceu fraco em meio aos atrasos na finalização de um acordo comercial com Washington.

Já a China definiu sua taxa de referência diária para o yuan em um patamar significativamente abaixo das previsões, sinalizando que o banco central busca conter o rali da moeda, que se aproxima do nível de 7 por dólar — considerado crítico pelos mercados.

No mercado de commodities, a prata recuou, mas permaneceu negociada próxima ao seu recorde histórico, sustentada pelo aumento das apostas em um corte de juros pelo Fed. O ouro apresentou uma leve queda. Já os preços do petróleo avançaram enquanto os investidores avaliavam as perspectivas de um possível acordo de paz entre Rússia e Ucrânia e acompanhavam os desdobramentos das tensões entre Estados Unidos e Venezuela.

Quanto ao panorama técnico do S&P 500, a principal tarefa dos compradores hoje será superar o nível de resistência imediata em $6.854. Esse movimento daria ao índice impulso adicional e abriria espaço para uma possível alta rumo ao próximo objetivo em $6.874. Outra prioridade será manter o controle acima de $6.896, o que reforçaria ainda mais a posição compradora.

Caso ocorra um movimento de baixa devido à redução do apetite por risco, os compradores precisarão defender a região de $6.837. Uma quebra abaixo desse suporte empurraria rapidamente o índice de volta para $6.819, abrindo caminho para uma queda até $6.801.